sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É preciso muita coragem, força e determinação


Amigos, o meu blog tem sido muito pouco visitado, me expressei mal, muitos têm passado por aqui,mas seguidores são poucos, aqueles que voltam com frequência para dar a honra da sua presença. Mesmo assim, o mundo continua girando e na órbita da existência cotidiana individual os problemas são constantes, independentemente de nossa idade, profissão, nacionalidade. Não é hábito comum em nossa sociedade o de lançar estes problemas e discutir sobre eles de maneira franca; seja por medo ou falta de vontade e disposição. Infelizmente, seja por qual motivo for, com essa atitude vamos ajudando a construir um mundo de qualidade inferior, onde não somos agentes e sim pacientes de um regime dito democrático, mas composto por pessoas de comportamento regido por um sistema ditatorial, que concorda com tudo o que lhe é imposto, pelo menos, é o que parece...









  





Finge que aprende que eu finjo que te ensino




Continua ainda em um impasse a situação da Educação brasileira e pelo que parece não terá solução por muito tempo da maneira como é tratado este setor tão importante da sociedade do nosso país e do mundo inteiro.

Essa decadência, uma verdadeira tragédia que tomou lugar e que vem se alastrando há décadas pelo país, vem formando cidadãos inaptos, incapazes e tremendamente injustos, uma vez que os valores aprendidos com a impunidade que grassa nas salas de aula é gritante. Tal fato acontece em nações cuja administração é fraca, preguiçosa e utópica em suas ações. É verdade que tal desastre não é problema apenas do nosso Brasil, existem muitas nações incompetentes como a nossa que adotaram modelos de educação de outros países, o que é lamentável, pois cada qual tem a sua necessidade e o que é bom para um, não é favorável a outro. O reflexo de uma Educação desse nível revela-se nos altos índices de violência e criminalidade que se estampam nos jornais diariamente. Não há mais respeito pelo ser humano, a figura do professor é quase o arremedo de um palhaço que não tem o seu conhecimento e nível de estudo reconhecidos por ninguém, muito embora hipocritamente se pregue ao contrário. Crianças que vêm de lares na maioria desestruturados pela inserção da mulher-mãe no mercado de trabalho, que não pode ser responsabilizada pelo desvio de comportamento dos filhos; pais ausentes, seja por separação formal ou informal, tipo de trabalho e tantas coisas mais, que vem depositando em creches e futuramente em escolas públicas ou particulares os filhos que vão sendo “educados” por essas instituições quando lá estão e em casa pela mídia massiva, violenta e indutiva, vilã representada pelos programas de baixa qualidade da TV, jogos de videogame, chats e outras porcarias que nada exigem, presentes nos sites de computadores da rede mundial (que curiosamente são modelos trazidos de fora, como a linguagem universal que os caracterizam) e que dão a seus seguidores falsa impressão de inclusão e adaptação a esse mundo nojento em que vivemos hoje, onde um indivíduo só é valorizado pela etiquetinha que carrega em seu vestuário, pela marca do seu note ou de seu celular ou i-phone, discriminando, e essa sim, é a verdadeira discriminação, todos que não se inserirem nesse contexto de burrice e superficialidade que invadiu e bloqueou a massa cinzenta de quase todos os cérebros humanos da nossa era, hoje. A aparência física de nossas escolas públicas atualmente assemelha-se a cadeiões dado ao desleixo com a higiene, com a pintura de paredes, portas e mobiliários ocasionados pela falta de verba e vontade que assolou o país e o vandalismo e capacidade de depredação de grande quantidade de alunos que frequentam esses ambientes, os quais, sem motivo algum, motivados pela liberdade excessiva, falta de limites e impunidade passam a destruir tudo a seu redor; desde material didático a móveis e paredes. Alguém, que não me ocorre o nome no momento, disse que os portões mais fechados são aqueles que podem estar sempre abertos. A grande verdade contida nesta frase infelizmente não pode ser regra num ambiente educacional onde prolifera a deseducação, a maldade juvenil que caminha a passos largos para infração de leis para as quais não há a menor possibilidade de serem obedecidas por esses futuros cidadãos que no interior dos educandários diminuem seus companheiros e pares através do bullying constante, e frustram seus professores com atitudes acintosas de desrespeito e desinteresse pelo estudo. Tudo começou com a reforma e adoção de leis importadas que tornaram a criança e o adolescente o centro das atenções, e que no seu egocentrismo próprio da faixa etária em que estão, começam de forma prematura orgulhosamente a reinar como pequenos príncipes despreparados fazendo tudo o que é possível fazer e tendo que serem ouvidos e respeitados por qualquer asneira que digam. Quanto ao educador, pego de surpresa e sofrendo toda sorte de pressão, coube-lhe a função de Atlas; carregar nas costas todos os problemas que a insanidade e utopia das leis da educação causam, causaram e ainda causarão, como o único responsável pelo fracasso escolar, fato justificado pela péssima remuneração a despeito de todo o seu empenho e dedicação. É óbvio que existem aqueles que maculam a profissão oferecendo um péssimo desempenho e indesculpável falta de ética, porém este fato ocorre entre todas as ocupações profissionais. Entretanto, para as Diretorias de Ensino, as Secretarias e Ministério da Educação, nada disto parece ser verdade, para estes, a Educação está maravilhosa, pois as estatísticas documentais mostram um índice de aprovação antes nunca visto na história da Educação Brasileira, muito embora um curso de Ensino Médio não ofereça o conhecimento de um ensino primário das épocas tradicionais e um aluno ao término do seu curso naõ seja capaz de dizer um "por favor". A bem da verdade, torna-se também necessário afirmar que há até uma preocupação dos técnicos da educação em resolver o complicado problema, contudo ele se arrasta, persiste e só Deus sabe por quanto tempo durará e se haverá uma solução para as escolas e o ensino do Brasil. Hoje contamos com avaliações internas, externas: Saresp, Enem e PISA uma avaliação feita em nível internacional pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ficando o nosso país em 53ª posição em leitura. Todas essas formas avaliatórias a que nossos estudantes são submetidos, apontam um declínio cada vez mais preocupante da Educação brasileira. A ironia, hipocrisia e dissimulação fazem parte dos discursos políticos e das autoridades das instituições responsáveis que cada vez vão produzindo com o efeito de suas leis e decisões, ambiente mais inóspito e desagradável de convivência e aprendizagem: alunos que nada mais querem aprender, pois apesar da modernidade pregada nas novas metodologias aplicadas e estratégias exaustivamente impostas aos educadores deste país, continuam com os mesmos componentes curriculares da época de nossos avós com apenas uma diferença: naquele tempo tão criticado do ensino tradicional, onde os professores eram autoridade e serviam de modelo para sua classe de aprendizes, como forma de desenvolverem valores positivos para a vida social, ninguém estava saturado ao ponto de se chegar à assertiva: "finge que aprende, que eu finjo que te ensino” como forma de mascarar uma situação insustentável, mas que infelizmente quase ninguém tem a coragem suficiente de revelar... Rezemos para que uma luz ilumine os caminhos da Educação brasileira para que possamos  urgentemente efetuar mudanças no padrão desta sociedade!