domingo, 25 de agosto de 2013

O texto de hoje está relacionado a um tema solicitado em uma avaliação diagnóstica da Diretoria de Ensino da cidade de São Paulo ao 3º ano do Ensino Médio. Foram oferecidos dois textos de suporte em uma proposta e o assunto a ser desenvolvido em  um texto de opinião era A prevenção ao uso de drogas. O tema não agradou os participantes uma vez que muito batido, há muito deixou de ser interessante. Questionado, porém, não foram oferecidas outras opções de escolha...O jeito era escrever sobre ele.


"É melhor prevenir do que remediar"


O conhecido ditado popular expresso acima se encaixa perfeitamente numa questão bastante polêmica que envolve em sua trama principalmente adolescentes e até mesmo crianças brasileiras e de muitos outros países.Trata-se de um problema de administração pública, diga-se de passagem, uma vez que estas pessoas consumidas pelo vício de há muito deixaram seus lares e hoje, apenas têm as ruas e sarjetas da cidade para acolhê-los. Para usuários de drogas, não há mais noção do perigo, para quem observa ao passar pelas ruas ou cracolândias da vida a visão é deprimente e causa tremendo mal-estar ao perceber a degradação humana a que um homem pode chegar.
Não é difícil depreender que campanhas antidrogas praticamente inexistem, em veículos de comunicação de massa como rádio e TV onde grassa grande quantidade de matérias repetitivas e inócuas, pois voltados essencialmente a vender produtos, pouco tempo deixam para aquele fim, desta forma, não permitindo que se apresentem bons serviços de utilidade pública. Tampouco as redes sociais na Internet têm se preocupado em desenvolver projetos e trabalhos que envolvam esse assunto tão carente de intervenções.
O ponto que esta situação atingiu pede um esforço coletivo de todos os órgãos governamentais sejam eles dos níveis municipais, estaduais e federais exigindo que todos se unam no sentido de impedir os jovens cidadãos a trilharem caminho tão infeliz e muitas vezes sem retorno. Quantas vidas por ele já se perderam, e quantas delas já foram ceifadas na mais tenra idade.
A prevenção é primordial, pois como sabemos, os variados tipos de substâncias tóxicas ao entrarem em organismos saudáveis causam dependência física e psíquica, atuando no sistema nervoso central dos indivíduos sejam elas antidepressivas, estimulantes ou alucinógenas.Um trabalho que evite este mal deve ser pensado seriamente, de maneira prática sem burocracias ou centralização no governo federal. Recursos devem ser disponibilizados para que profissionais especializados atuem em regiões de maior risco, sobretudo a área da Educação necessitaria de maior eficiência nos currículos escolares trazendo palestrantes e profissionais da área de Saúde para que investigassem o público mais vulnerável, mas como isso se tornaria realidade em um país tão carente de recursos humanos específicos em estabelecimentos escolares onde não se conta nem com o básico? É do conhecimento de muitos que muitas culturas utilizam alguns tipos de drogas no seu dia a dia como hábito normal, nesse caso, os princípios éticos devem transparecer nas ações públicas para que não se exponham imigrantes a uma situação constrangedora perante a sociedade.
Um desenvolvimento saudável para os jovens deve ser incentivado uma vez que o desporto, o lazer bem como a cultura e o conhecimento científico sobre o assunto são as chaves que abrem portas para um mundo mais feliz e estruturado. Assistentes sociais parecem também benvindos quando atuantes na vida familiar da sociedade, ajudando a aproximar e a unir seus membros como forma de afastar jovens da perigosa independência e emancipação pessoal antes do tempo.
Se as campanhas de prevenção obedecerem os quesitos de clareza, objetividade e necessidades do público alvo na exposição de suas mensagens certamente terá sucesso no alcance de seus objetivos.É preocupante o fato de que crianças e adolescentes cada vez mais precocemente entram no mundo das drogas utilizando outras substâncias entorpecentes legais que abrem os portões para um vício mais pesado.Entram nessa lista o uso do álcool, cujo papel no início é o de facilitar a integração social de muitos tímidos  que o utilizam para este fim, do mesmo modo que o tabaco. E entre crianças carentes o costume de inalar substâncias mais fáceis de serem encontradas como a cola e solventes tem predisposto ao vício esses indivíduos. Similarmente, o uso de anabolizantes e esteroides assim como o uso de antidepressivos e calmantes causam o mesmo dano ao organismo quando são usados aleatória e descontroladamente necessitando urgentemente de um olhar mais criterioso. 
Se os órgãos governamentais passarem a se preocupar mais com este terrível impasse e se lançarem de corpo e alma para resolver o problema a sociedade estará a salvo de um  pesadelo que além de assolar muitos lares atualmente leva a Saúde Pública à falência.