sábado, 9 de junho de 2018

Boa-noite, leitores. Após um bom tempo, volto hoje a postar neste espaço. A minha ausência aqui, justifica-se pela falta de estímulo em constatar que o blog que criei, num momento tão cheio de expectativas, esperanças de compartilhamentos e discussões é, na realidade, muito solitário. E essa solidão é quebrada de tempos em tempos por algum gentil visitante, que, no entanto, não tem o desejo de comentar ou discutir sobre os temas sobre os quais discorro. É uma pena, pois democracia seria isso, um debate saudável entre pessoas sobre assuntos que são relevantes e que podem acarretar mudança para esse futuro mundial que apresenta-se assustador. Como já me acostumei, o blog, chego à conclusão, é um diário, um desabafo de corações amargurados e preocupados com o destino do planeta e do rumo da vida humana. Mas vamos lá:


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Onde há desordem, há regresso.

O desrespeito está presente em grande parte das atitudes de cidadãos paulistanos que convivem nos mais variados espaços desta grande metrópole que é São Paulo: no transporte público, onde assentos prioritários são ocupados indevidamente por indivíduos, bastante jovens e profundamente deseducados que ali ficam ociosamente em despeito das mensagens sonoras e didáticas  que enchem o espaço a esse respeito. 
São pessoas de todos os sexos, pois a vileza não escolhe gênero, que fingem dormir pesadamente, compenetrar-se em redes sociais, jogos eletrônicos e outras coisas mais em seus celulares. Digo que é enojante o visual destes caras de pau, deselegantes e grosseiros que não podem levantar-se e tratar de ceder o lugar a quem lhe é devido. Não há obrigação alguma em se dizer obrigado, àqueles que o fazem, pois não é mais do que obrigação (muitos ainda têm o descaramento de perguntar: "Quer sentar?"). Ainda no transporte público, nos trens de metrô, tantos outros lotam as portas impedindo a passagem  de quem vai sair, dificultando a livre circulação, o direito de ir e vir; aliás ultimamente, este direito só é desfrutado por aqueles que querem perturbar o silêncio, o direito de quem trabalha e seu merecido descanso, além de sua segurança. Pelo menos, neste país, apenas esses seres têm esse direito zelado  e rigorosamente garantido  por todos os elementos que compõem a equipe de direitos humanos...
Essas situações elencadas acima já refletem o maucaratismo, imoralidade  e indecência do brasileiro cujo caráter duvidoso já é bastante apreciado mundialmente.
Não é preciso muito esforço para enumerar mais procedimentos deste tipo. Muitas pessoas gritam com outras na outra ponta da rua, num tom acima dos decibéis permitidos ao nosso ouvido e a nossa paciência, provando o quão agradável eles podem ser. Isso ocorre com frequência; às vezes o som indesejável vem de imensas caixas de som cuidadosamente ou ruidosamente preparadas em porta-malas de veículos que mais se assemelham a uma visão do inferno de Dante, difundindo músicas, se é que assim podemos chamar um amontoado de frases sem valor algum, sem melodia, harmonia ou raio que a sirva e a classifique como tal. Desse modo, viver neste planeta está se tornando insuportável. Mais insuportável ainda, quando parte das próprias instituições que covardemente instalam poderosos artefatos sonoros com a denominação de virada cultural, marcha para Jesus, paradas mil...
Jesus, se você estiver ouvindo, deve estar juntando forças para dizimar essa espécie nojenta que se diz ser humano, atualmente. Não sei quando cultura foi sinônimo de barulho, música de baixa qualidade, abdução paranoica de cérebros, exibição de orgulhos que nada têm de relevante para crescimento e aprendizagem a não ser para o comércio. 
Meu Deus! Há que se ter muita paciência para aguentar e sorrir concordando com essa ditadura cultural com a qual estamos forçosamente convivendo. E ai daquele que ousar contradizer tudo isso, afinal "vox populi, vox dei". Estão aí as redes de TV para assegurar toda essa cretinice sem fim.
Nesses nossos dias, milhares de seres completamente hipnotizados pela mídia eletrônica, já nem sequer olham para seus pares, para um cumprimento, uma conversa amigável, até mesmo com os familiares, que dizer com estranhos! Já caminham totalmente abduzidos às telas dos celulares, coisa até curiosa, que merece um estudo psiquiátrico, pois o indivíduo corre o risco de cair com as manobras dos trens e ônibus, ser assaltado, morrer queimado, uma vez que nada vê, nada ouve, nada-nada.
Filas não são mais respeitadas, observo muito nas Linhas Amarelas do metrô que possuem uma orientação didática que quase chega à perfeição. Há um imenso círculo no chão que exibe a mensagem: Deixe esse espaço para quem sai do trem. O que significa que as laterais são reservadas para a entrada nos vagões. Já se percebem muitos espertalhões que deveriam estar no final da fila a invadirem esse espaço tão bem sinalizado, querendo a qualquer custo, levar vantagem e passar na frente, o chamado "furar fila" numa atitude primata e totalmente insana e irracional. Sem contar com as mazelas desse tipo que ocorrem na linhas azul e outras deste meio de transporte, onde a indelicadeza é tanta, que chega a machucar literalmente muitas pessoas mais fragilizadas. É um tal de querer ocupar vagões direcionados a deficientes, idosos e pessoas com mobilidade reduzida sem direito algum, de modo que vemos diariamente, esses espaços reservados lotados de jovens indecentes, vendendo saúde, mas cancerosos  de educação e boas-maneiras.
Verificamos tudo isso com tristeza ao constatarmos que quem administra esse país, são moleques, adolescentes... Tudo é feito para eles e só para eles... Leis que não valorizam  os mais velhos e sua experiência de vida, ao contrário temos leis que favorecem a delinquência juvenil, pois em tudo há a permissividade, a justificativa para o mal feito. E como isso pode acontecer? Hoje um pai não pode falar um pouco mais alto com seu filho que o está constrangendo, mas e o constrangimento que o menor está submetendo seus responsáveis, não conta? Nas escolas, nos lares, pais estão à mercê de seus filhos, os quais nem educa mais, e sim as instituições que os armazenam como mercadorias e as mídias sociais; professores estão na mão  de crianças que já vêm deseducadas e pela "força de seus hormônios" têm que ser respeitadas, haja vista, à pedagogia do amor, que tem transformado esses jovens em verdadeiras máquinas de destrutivismo e violência.
Ao contrário de países do oriente como o Japão onde se aprendem com os idosos, aqui estes são menosprezados e desvalorizados pelos mais jovens... Existe  ainda algum louco que  acha que esse Brasil, tem solução?