segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Como anda a Saúde pública na cidade de São Paulo?Infelizmente, só nos inteiramos da situação quando precisamos de seus serviços...



Pacientes até quando?


Quando estamos com um problema de saúde e não dispomos de dinheiro para atendimento particular ou não contamos com um bom convênio médico, começamos a pagar nossos pecados...
Digo um bom convênio médico, pois aqueles cujos preços são mais acessíveis, equiparam-se ao serviço estatal de má qualidade apresentando apenas uma diferença: a marcação de consultas é mais eficaz, porém os profissionais nem sempre são experientes, na maioria das vezes, novatos que compensam suas carências profissionais com um bom atendimento e atenção, coisas com que não contamos no serviço público, cujas consultas relâmpago não favorecem um bom diagnóstico, apenas isto. Outro problema do convênio popular é voracidade em poupar despesas não oferecendo aos conveniados e principalmente ao  idoso o tratamento de que necessita apesar de cobrar do paciente mensalidades  absurdas e incompatíveis com sua aposentadoria.
A cidade de São Paulo não conta com um número suficiente de postos de atendimento e hospitais para tratamento da população de baixa-renda, a prova disso é o grande número de reclamações, não só no estado como em  todo o país, que mostram vídeos exibidos diariamente nas reportagens de TV. A sofrida massa trabalhadora que sustenta e oferece suporte ao funcionamento da metrópole é fatalmente relegada a segundo plano quando necessita de um tratamento odontológico ou de saúde: são filas de pacientes jogados em macas pelos corredores de Pronto-Socorros, num sofrimento de fazer pena a quem assiste tal cena humilhante que degrada a espécie humana, isso sem contar com  os erros médicos que ocorrem nestes ambientes, onde os menos culpados são os médicos e enfermeiras que mal formados e  sobrecarregados de trabalho sofrem as consequências de um sistema injusto e mal administrado pelo poder público que não proporciona um desempenho racional e de qualidade enquanto remunera muito mal.
Quanto aos funcionários públicos do estado de São Paulo, a mídia não veicula notícias que revelem a verdade do serviço de Saúde oferecido, o sistema está protegido  com uma carapaça de ferro que impede qualquer informação do péssimo serviço prestado a seus servidores: a demora na marcação de consultas é um fator ordinário que praticamente ocorre com todos os contribuintes, que pendurados em telefones, perdem de cinco a oito minutos  na tentativa de conseguirem atendimento regular a cada tentativa, porém, apesar das magníficas propagandas que apologizam seu serviços, nada se consegue, demorando meses para marcarem alguma consulta médica. Na verdade, são idas e vindas à Ouvidoria para que possam concretizar o sonho de serem atendidos. São pessoas idosas padecendo sem atendimento digno, que não conseguem sequer realizar exames necessários em tempo hábil, precisando pagá-los com sua parca aposentadoria para agilizar e amenizar sua situação. Da mesma forma, crianças e adultos enquadram-se nas mesmas condições.
O sistema vai cansando quem dele precisa, liberações para fisioterapia ou procedimentos alternativos são tão ineficientes que os pacientes desistem e se entregam a sua cruz, cuja solução parece impossível, no entanto, nos dizeres dos governantes,  o serviço é de excelente qualidade, impecável e satisfatório...
Se entramos no PS desanimamos por completo, salas superlotadas, número ínfimo de médicos e enfermeiros  que contradizem com a enorme quantidade de doentes que ali se encontram, cuja classificação de risco aumenta o sofrimento daqueles cujo caso não é urgente, mas que necessitam de atendimento para minimizar suas dores.
A questão é tão clara: contamos com apenas um hospital que funciona desde o século passado, apesar de a população ter quadruplicado... Seria tão difícil a construção de outras unidades? Seria impossível atender bem os contribuintes que são descontados desde longa data e quando mais precisam na velhice, são relegados a um serviço de má qualidade? Como pode um governador verificar que são pacientes de várias cidades do  estado todo e mais a população local que precisam de atendimento e não lutar para a ampliação de hospitais públicos que nem sequer oferecem serviço odontológico a seus servidores quando obriga os planos de saúde particulares a prestá-lo obrigatoriamente? Onde está a coerência, o bom-senso do poder público que castiga seus contribuintes e sobrecarrega-o de impostos e nada oferece em troca?
É preciso mudança premente e luta das classes trabalhadoras para que esse quadro revele cores mais bonitas...