segunda-feira, 29 de maio de 2023

Contrastes

Li a frase, vi como é profunda e comecei a escrever:


Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria."  (Khalil Gibran)



😞😊


Nunca vi pensamento tão preciso como esse, os contrastes  são a antonímias da vida que nossas experiências costumam conhecer no percurso e testar  seus sabores. Aliás, tudo em nossas existência apresenta as duas faces da moeda.

Se temos desafetos e dissabores, até mesmo ódio, certamente reconheceremos o magnífico significado do amor. E saberemos identificá-lo pela própria ideia de diversidade entre os sentimentos. 

Triste, entediante versus  maravilhoso, mágico, alegre, contagiante. 

Se convivemos com a paz, seguramente aprendemos a diferenciá-la do tormento de uma guerra com todas as suas calamidades.

Pelo ideal de respeito, valorização é que diferenciamos  a indiferença e desrespeito nas atitudes humanas. 

Através do belo, conceituamos o feio, o deplorável: a percepção do belo nos leva à concepção do feio, embora esse último se caracterize geralmente pela diferença de padrão entre dois indivíduos ou coisas.

 Do bem, distinguimos a maldade, a mesquinhez. 

O espetacular sim nos proporciona entender a frieza e dureza de um não, que pode nos atrapalhar por toda uma vida!

Há quem tenha tudo, embora seja praticamente impossível que isso aconteça e que  nos leva à noção do nada avassalador, embora dificilmente haja essa eventualidade tão crua e radical. 

Se há o forte, obviamente o fraco será o oposto, fato reconhecível pela própria acepção da palavra.

Do mesmo modo, o egoísmo, uma valorização exacerbada de egos doentes, nos possibilita enxergar e compreender o valor do altruísmo.

Pela dor, vislumbramos  o prazer e sua agradável sensação; do adjetivo bom, temos o mau através da  analogia  de ações ou processos mentais,  e assim por diante.

Ficaríamos por dias expondo uma lista interminável de antíteses em vocábulos até a exaustão.

Calmo e nervoso; extrovertido e tímido. Mudando da classe dos nomes para os verbos: construir-demolir, adiantar e atrasar...

Enfim, a frase de Gilbran é verdadeira e única, uma vez que as palavras não são simples sinais gráficos, elas vêm carregadas de emoção e sentimentos.