quarta-feira, 30 de março de 2016

Boa-noite, leitor. Volto aqui ao antigo debate sobre um setor importantíssimo da sociedade, mas que está jogado às traças, infelizmente. Falemos enquanto ainda se pode falar...





Educação: solução ou destruição do ser humano?


Às vezes me pergunto como e onde tudo isso começou. Obviamente este tipo de comportamento indesejável deve ter tido início desde longa data, foi se manifestando aos poucos, apoiado por uma legislação fraca e permissiva que trouxe paulatinamente a destruição e levou ao caos insuportável.
Refiro-me à Educação Brasileira que foi se revelando ao longo do tempo um antônimo do que se era esperado em relação ao caráter e a formação do ser humano moderno.
Se houvermos vista, talvez há muito, legislações como a 5692, foram moldando o sistema vigente, que preza pela impunidade e pela falta de caráter que se esboça hoje no indivíduo da mais tenra idade.Lembro-me nitidamente do seu surgimento, elevando o aluno ao centro da Educação, como se antes dessa malfadada lei ele não o fosse. Porém, a intenção implícita nos dizeres legais significava que a todo custo o aluno deveria ser destacado, até mesmo quando sua manifestação fosse nociva e contrária ao bem comum, fato que exigiria do professor entender as causas desse comportamento irregular e justificá-lo através de problemas pessoais que esse educando teria em seu background. Mas, jamais os preceitos legais anteriores menosprezaram o ser humano; não admitiam sim, o desrespeito, a indisciplina, a desordem justificada por problemas psicológicos: canso de perguntar a mim mesma: onde estes infinitos problemas se escondiam antes de tamanha abertura ao descaso e indiferença pelo estudo...Hoje, o que menos importa é aprender algo. O professor, antes de mais nada, é uma grande babá, palhaço, psicólogo, assistente social, além de inúmeras outras funções que tem que desempenhar para ganhar uma miséria a despeito de tanto trabalho. O aluno é respaldado e desculpado por todas as suas faltas e os legisladores se esquecem da grande lição de impunidade que passam indiretamente através de seus preceitos, criando futuros transgressores, desrespeitadores, irresponsáveis, que a despeito de tudo são coroados no final do ano com uma promoção... Em que outro setor da sociedade essas “qualidades” levam a uma promoção? Desconheço e, se você, leitor, porventura conhecer, me esclareça, por favor.
São crianças pérfidas, maldosas que não sabem se portar em situação alguma, não sabem ouvir, apenas falar a todo o momento, jogando no lixo todo o capital investido pelos pais e pelo estado na sua educação. Desta forma, constatamos alunos já adolescentes que não estão alfabetizados, pobres coitados que mal sabem ler e escrever as palavras mais simples do vernáculo ou efetuar um simples cálculo; sem cultura alguma, sem conhecimento básico, expressando-se com vocabulário chulo e de mau gosto. A despeito de tanto sacrifício, perdido em inumeráveis projetos desenvolvidos pelas escolas e aliados de outras instituições parceiras, o problema nunca é solucionado e, por toda a parte encontramos pais desesperados, professores doentes e cansados da profissão, a sociedade apodrecida pela proliferação do mau-caratismo, desvios de comportamento, falta de cidadania, violência e desrespeito ao meio ambiente. Os poucos que conseguem sucesso obtêm uma fraca formação, prejudicados pelas classes heterogêneas em que se subeducam, onde se perde a maior parte do tempo em tentar recuperar o irrecuperável, o irremediável, aqueles que apesar da mediocridade e displicência são realmente os “reis do pedaço” desperdiçando o material humano de melhor qualidade e que, atualmente, apresenta um fraco desenvolvimento, pois se vê obrigado a frequentar um curso superior de baixa qualidade, uma vez que não recebeu a bagagem necessária do ensino básico que apenas cuidou e não resolveu os problemas insolúveis dos problemáticos e desinteressados. Falo com propriedade, afinal são quase trinta anos de cátedra na Educação e a triste constatação da decadência e naufrágio desse setor tão importante da nossa sociedade. Os professores, hoje, desprestigiados e desrespeitados não recebem boa formação, uma boa desculpa para que não sejam remunerados dignamente, apesar de várias promessas abstratas, não são capazes sequer de bancar o aluguel e as despesas de sua casa adequadamente, perdendo-se em consignados e empréstimos pessoais.
Quando vemos as estatísticas de crimes, violência e drogas o ideal não seria analisá-las, e sim o sistema educacional dos países, uma vez que a criança e o adolescente passam grande parte de sua vida nessas instituições sem estrutura onde, em muitas delas, proliferam tráfico de drogas, pedofilia e prostituição.

Muitos hipócritas poderão achar exagero, entretanto é a mais pura realidade que se não for cuidada com urgência levará o homem ao retorno do período paleolítico, o mais animal possível, acéfalo  e irracional.