quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Boa-noite, amigos. Volto a registrar aqui algumas palavras e, como vem sendo uma constante, ultimamente a indignação toma conta de nossos atos, perante tanta injustiça, incompetência e descaso...



Professores, seres invisíveis



Muitas vezes aqui já escrevi, com palavras que exaltavam o professor e a missão que ele tem que cumprir, um verdadeiro semeador, incansável a lançar o germe do saber, da ajuda, da perseverança e do altruísmo.
Sem altas pretensões, o que ele deseja é reunir seus discípulos e numa grande corrente do bem, oferecer ajuda desinteressada e sincera, não discriminando esse ou aquele, olhando igualmente por todos  que aceitam seu auxílio.
Porém, ultimamente, o que se tem visto é um quadro de desumanidade sem igual, desdém,  indiferença para com sua pessoa, manifesta em medidas irreverentes de um país que não valoriza a Educação e prefere abrir um novo presídio a cada minuto a abrir novas escolas...
O fato vem acontecendo paulatinamente e, quando damos por nós, vemos períodos e até escolas inteiras sendo fechadas, diretores batalhando para conseguir alunos no intuito de manterem o sua equipe docente, mas, em vão!
São mães e pais de família que não  têm como garantir o sustento dos filhos, esmolando por algumas aulas que a cada ano vão minguando como a água que evapora no solo seco!
O que mais indigna é a falta de sinceridade dos homens públicos, que ainda têm a coragem de lançar concursos envolvendo milhares de professores sem, no entanto, contratá-los...
Já não se tem a confiança de que haverá nova chamada, dia a dia todos se convencem de que tudo não passa de mais um sórdido engodo em que a profissão se enreda sem poder resolver sua situação. 
A alegação pela falta de convocação para os novos cargos é de que o ano de 2014 foi um ano eleitoral, e 2015? Já estamos em pleno janeiro que já culmina e até agora, nada! 
Esse ano não houve aulas bastantes nem mesmo para os professores efetivos, Fs e estáveis. O que dizer dos contratados? Uma divisão nojenta que teve lugar entre os mestres para discriminar, rebaixar a categoria que sofre com quarentenas e duzentenas como se tivesse  uma doença contagiosa!
Os locais de atribuição atualmente são imundos, mal organizados e mal cheirosos onde listas de classificação dispostas de forma desorganizada e de difícil visualização humilham ainda mais a classe do magistério. Aliás, nem houve atribuição, não existiram aulas de saldo. E aqueles que se mataram de estudar para serem promovidos no concurso, escolheriam por último, revelando que não se valoriza aquele que estuda para melhor desempenhar seu trabalho.
Manifestações e greve? Para a categoria dos professores não adianta, eles são invisíveis, a mídia asquerosa não divulga e não torna pública as necessidades daqueles que são pacíficos....
Sindicatos? São os maiores arrecadadores de parte dos parcos e sofridos salários, entretanto, nada conseguem , a não ser encerrar greves quando verifica que elas estão ficando sérias....
Parabéns, políticos e homens públicos! Vocês que chegaram onde estão por terem tido a ajuda de um sofredor como esse que aqui escreve, acabam de destruir ideais, a formação de  um povo melhor, e a única chance de acabar com a violência que grassa por todas as partes do mundo e no nosso país. 
Se ainda resta um pouco de dignidade na classe dos políticos, que honrem a palavra e contratem os professores que foram promovidos no concurso público! Ou fazem justiça ou acabam de vez com sua imagem, comprovando o que realmente são: um bando de mentirosos e insensíveis, que em breve arrastarão o nome de nosso país para a lama e para o fracasso!