sábado, 31 de dezembro de 2022

 Mais um ano para minha coleção... Já são consideráveis em quantidade, acredito que em qualidade também, tenho sempre a preocupação em melhorar a cada dia, identificar meus erros e tentar corrigi-los, árdua tarefa...






A HAPPY NEW YEAR!  



Os eventos de Natal e réveillon caracterizam-se mais por seu cunho social. São os mesmos desejos e votos a cada ano, até momentaneamente sinceros acredito, entretanto de difícil realização, uma vez que a própria individualidade do ser humano, a sociedade familiar a que está engajado o impedem de doar-se inteiramente aos parentes e amigos próximos e distantes. Interesses econômicos envolvidos em cada vida determinam os grupos a que devem se aliar para o alcance de objetivos e realizações profissionais. E não tenham dúvida, isso é o que mais importa ao ser humano hoje: status, posição social, estabilidade financeira, haja vista que sem esses requisitos não há aceitação, nem mesmo valorização do indivíduo no meio em que vive. 

Muitos ao lerem  textos como esse podem indignar-se com eles, afirmando o contrário, tentando contradizê-los, chegando até a chatear-se com seu conteúdo, uma vez que incomodam e nos impelem a refletir sobre ele. Pois é meus amigos, não me levem a mal, quando aqui escrevo após muitas reflexões sobre a vida, não há o intuito de ofender ninguém, uma vez que as alegações aqui depositadas estendem-se de forma generalizada e nunca particular. A humildade que muitos pregam como virtude do homem, só se justifica naqueles que são privilegiados socialmente e nunca àqueles que não alcançam um status invejado perante à sociedade em que vivemos, por mais despojado que esse sujeito seja. Quando criei esse blog não o fiz com o objetivo de apenas agradar, exibindo textos melosos e piegas, mas sim, com o intuito de apontar as falhas que todos nós, pobres mortais, cometemos diuturnamente.

Também me incluo nesse rol, também sou pecadora e mortal como todos. Acredito que só melhoramos e depuramos nossos espíritos a partir de críticas e autocríticas coerentes e construtivas com base em reflexões sensatas. Nesse contexto, na maioria das vezes, menos é mais, uma das frases mais inteligentes de que tenho conhecimento. Não exageremos em elogios, em doação de amor ao próximo; em sinceridade e piedade quando realmente não estamos nos importando com isso ou não vamos conseguir tais intentos. Devemos nos lembrar que a nossa atitude é tudo, o exemplo que deixamos para nossos filhos e gerações futuras. Se não somos sinceros o bastante para realizar o que dizemos, para que afirmá-los com tanta veemência?

A futilidade, algo que infesta a alma de muitos seres, manifesta-se na valorização de quinquilharias materiais, bens de consumo que nunca levaremos conosco, não são essenciais para o nosso crescimento. Porém, são extremamente valorizados e invejados por aqueles que não trabalham seus espíritos e resumem toda uma vida a um amontoado de coisas inúteis adquiridas por alguns sob sacrifícios descomunais. 

O apego exagerado ao dinheiro consome muitas existências que deixam de valorizar e aprender com a escola da vida o que realmente importa. Não que devamos esbanjar, nos tornando pródigos, arriscando nosso futuro e o de nossos filhos; é preciso ponderação, preservação para uma velhice segura em que possamos gerir nosso próprio sustento sem o transtorno da dependência econômica de filhos e parentes. 

A indiferença é uma das grandes mazelas que o ser racional e inteligente tem a capacidade de apresentar. Quando isso acontece e acomete a alma é capaz de ferir mais do que uma arma letal, pois diminui, desvaloriza uma pessoa que pode se sentir a pior das criaturas da face da terra, acredito que o desamor gera essa atitude tão vil.

Estou aqui a escrever e a recordar da minha infância quando ao frequentar a igreja nos eram apresentados os pecados capitais e a didática que usava para ensinar era fantástica! Como exemplo, a soberba, ou melhor dizendo, a vaidade, a sensação de superioridade perante outrem não é bem-vinda, uma vez que produz pessoas arrogantes que se prevalecem sobre as outras por vários motivos: aparência física, privilégio de classe social ou familiar, aparato intelectual, entre outros. Quem dentre nós já não padeceu com esse mal e muitas vezes teve que engoli-lo pois partia de alguém com posição mais favorecida?

O ódio, a ira levam ao desvario podendo provocar danos à vida de outros ou a nossa própria, acabando com a paz e a fraternidade. Quantas famílias perdem seus membros por essa causa tornando-se amarguradas pelo resto de sua existência...

Se pararmos para  pensar são muitas as falhas que estamos arriscados a cometer, como a inveja, a preguiça, e não apenas os pecados capitais, existem aqueles  classificados como mortais responsáveis por tornarem infelizes milhares de seres...

Temos capacidade de evitar tudo isso, basta parar um pouco para pensar, no que temos feito ao longo de nossas vidas. Podemos melhorar certamente; cada ação causa uma reação, consequência, é uma lei da física, mais especificamente a terceira lei de Newton da qual não podemos fugir. E alguém já disse: "Você recebe do mundo o que dá a ele".