sábado, 20 de julho de 2013

Amigos blogueiros, o texto de hoje é uma crítica ao nosso jeitinho brasileiro tão comentado e conhecido aqui e no exterior. Porém, esta maneira é um complexo de atitudes nada louváveis que não se resumem apenas em levar vantagem... O assunto de tão polêmico e vasto poderia ser o tema de uma tese de doutorado. Mas vejamos um aspecto dessa cultura indesejável...






Não deixe para depois o que pode fazer agora





Quantos de nós, alguns brasileiros que usam o bom-senso e a capacidade de observação e análise dos fatos do cotidiano, nos indignamos com a falta de educação e cidadania de muitos compatriotas que aqui dividem conosco o espaço e com os quais somos obrigados a conviver e aceitar comportamentos indesejáveis.
A administração pública nesse país exerce um trabalho que apenas valoriza o geral; explico aqui o que isso significa: não há o cuidado para com os detalhes, a atenção para com pequenos desvios das leis do dia a dia, que futuramente serão responsáveis pela criação do caos nas pequenas e grandes cidades brasileiras.
Exemplificando, não há o cuidado em verificar pequenas irregularidades que ocorrem diariamente; os cidadãos alegando estar em um regime democrático, julgam tudo poderem, inclusive desobedecer a leis, violar direitos, negligenciar deveres.
Um fato corriqueiro como o simples ato de jogar papel no chão, nunca recebe atenção de autoridades, nunca é reprimido, advertido, nem sequer notado. Dessa forma, o fato torna-se um círculo vicioso; muitos passam a cometer atitudes similares e aos poucos a quantidade de lixo nas ruas é insuportável, a ponto de comprometer a saúde e o saneamento básico, entupindo bueiros, poluindo cidades, rios, mares e florestas. Quando a situação adquire um caráter crítico, aí sim, as autoridades conseguem visualizar o problema e mesmo que queiram resolvê-lo, na maioria das vezes é praticamente impossível alcançar o objetivo. Hoje, vemos sujeira por toda parte, se vamos a um cinema, encontramos no final da sessão montanhas de lixo espalhadas pela sala, que vão desde papéis de bala a restos de hambúrgueres, pipocas e latas de refrigerante decorando o ambiente, sem contar as poltronas engorduradas e/ou molhadas de refrigerantes.
Se houvesse um cuidado maior com a Educação, que em minha opinião é onde deve residir maior importância, as escolas sofreriam uma revolução em seu currículo, que deveria ser voltado para a vida prática: higiene, economia doméstica, culinária, trânsito, boas maneiras etc. além das matérias tradicionais que transmitem cultura, arte, desenvolvimento do raciocínio e estudo de línguas entre outros. Com esse pouco cuidado dedicado a um programa escolar que antes de tudo ensine o básico, o necessário, o país cria pessoas totalmente, vou criar aqui um neologismo, inconvivíveis cujo comportamento mais se encaixa a um estágio primata de desenvolvimento.
Entretanto, não há importância dedicada a esses tristes fatos que ocorrem em nossa sociedade, da mesma forma em que não há a preocupação em cuidar bem dos ambientes internos e externos das pequenas e grandes cidades; deixa-se para restaurar uma obra de arte como edificações, estátuas e monumentos quando já estão pichadas e semidestruídas, começa-se a plantar árvores quando a qualidade do ar chega à estaca zero, similarmente não há aqui como em tantos outros países de primeiro mundo, o costume de plantar flores que além de decorar, tornam o entorno de ambientes, belíssimos, requintados e de muito bom gosto.  
É preciso muito mais dedicação e competência para aqueles que desejam ingressar na carreira pública, é preciso sensibilidade, alma, amor no que se faz e não valorização do salário e do cargo que se vai ocupar.
Não sei se viveremos o bastante para vermos essas mudanças ocorrerem na formação dos profissionais do Brasil.  
Voltando às ocorrências do dia a dia, um problema que está acontecendo frequentemente com relação ao trânsito aqui em nossas calçadas, porque trânsito não se resume apenas às vias públicas, mas sim a pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas é em relação às bicicletas que já começam a transgredir as leis e não só atrapalhar, como oferecer perigo à segurança dos pedestres brasileiros.
Ora, não adianta a sensibilização no sentido de dizer que em um passeio público existem criancinhas, velhinhos e deficientes indefesos correndo risco de serem atropelados por ciclistas que invadem em grande velocidade um espaço criado para andar, caminhar a pé somente. Não deveria ser admitido, em hipótese alguma, pessoas montadas em bicicletas ou motocicletas transitando por calçadas. No entanto, hoje, vemos passarelas de pedestres já com um número considerável de motoqueiros e ciclistas que as atravessam em relativa velocidade favorecendo a incidência de acidentes de atropelamento e até com morte, da mesma forma somos surpreendidos e por pouco atingidos por bicicletas dirigidas por irresponsáveis nas nossas desprotegidas calçadas.
Muitos desses cidadãos quando se fala que não estão agindo corretamente, nos dirigem impropérios e palavrões comprovando que além de violadores da lei não têm um pingo de educação. E quem tem olhos para isto? Ninguém! Vivemos em uma terra de ninguém, sem segurança alguma, sem cumprimento a lei nenhuma onde uma Constituição de tão violada caiu no descrédito total e para mais nada serve, apenas para estudos acadêmicos. Quando a situação se tornar caótica e o pedestre mal puder ocupar a calçada, talvez haja uma atitude no sentido de tentar resolver a questão...
Brasil! Vê se acorda, abra seus olhos, começa a enxergar as pequenas infrações para que não se tornem o apocalipse do amanhã!Onde estão a “Ordem e o Progresso” e os “Bosques que têm mais vida?”
 Brasil, com tamanho descaso “Serás ainda a mãe gentil para os filhos deste solo?”