terça-feira, 1 de abril de 2014

A libertação do homem dos medos e  da coerção da Igreja, instituição  que induzia ao temor à religião e obediência aos dogmas eclesiásticos durante a Era Medieval, fez com que ele renascesse para si mesmo, efetuando transformações efetivas no curso da história da humanidade...


SACRIFÍCIO INÚTIL



A repressão e a visão unilateralista do mundo imposta pelo teocentrismo agravada pela anulação da liberdade da vida humana causaram períodos inócuos no seu desenvolvimento no campo das ciências e do conhecimento.
Atualmente, se reconhece que cada mudança no decorrer dos tempos por mínima que tenha sido, representou um grande e efetivo salto no sentido da evolução, criação e consequentemente emancipação do homem que aos poucos quebrava paradigmas tornando-se autossuficiente e independente. O progresso ocorrido da Idade Média ao período do Humanismo é quase nada comparado ao avanço alcançado pelo empirismo e fertilidade da Era Iluminista que influíram diretamente no bem-estar humano, clareando caminhos, abrindo trilhas infindáveis para inúmeras descobertas.
Tal avanço ganhou impulso no século XVIII consolidando-se no decorrer do  século XIX onde inventos maravilhosos nas mais variadas áreas ganharam seu espaço, facilitando e simplificando a vida de todos: da locomotiva a vapor no setor de transportes ao avião, do sistema de correios sacrificados, como que por milagre, surge o código Morse e a distância diminuída através de mensagens que cruzaram continentes.
Quando ainda não se havia acordado dessa surpresa no setor da comunicação o telefone surge, resultado da incansável luta do homem para esmerar-se, aperfeiçoar-se e superar-se, sobretudo.Dos primeiros aparelhos enormes e lentos do final do século XIX, hoje, usufruímos de uma tecnologia sofisticada que proporciona o mundo dentro de uma pequenina caixa que carregamos no bolso: os telefones inteligentes, que tudo fazem além de trazer entretenimento, lazer e interação.
Inúmeras utilidades esse invento nos legou, infelizmente, toda criação é vítima de comportamentos sadios e também antiéticos por parte dos usuários;  seres humanos que como tal, são passíveis de falhas e contradições. Deste modo, vemos com pesar, todo o benefício trazido pelo telefone macular-se com sequestros e crimes comandados por marginais dentro dos presídios, abalando a paz de cidadãos trabalhadores e honestos, assim como verificamos com tristeza: a manipulação e à indução ao consumismo exagerado e cruel que leva todos ao endividamento na corrida pela aquisição forçada, à discriminação que isola àqueles que não se enquadram no perfil social exigido pela sociedade atual que não pondera o uso de aparelhos de telefonia usando-os indiscriminadamente em locais públicos, em escolas e ambientes impróprios, atropelando leis e regulamentos que norteiam o seu uso.
Se a humanidade  levou tanto tempo para emancipar-se, livrar-se de grilhões que não permitiam seu desenvolvimento, é inadmissível que agora se deixe escravizar  pela ambição, corrupção e indução, valores menores da  personalidade do homem.