sexta-feira, 17 de setembro de 2010

TECNOLOGIA E CALOR HUMANO




Tenho pensado muito em como a tecnologia tem conseguido aproximar as pessoas. Eu, que a princípio fui relutante em aceitá-la por mil motivos que lhe atribuí: a frieza da máquina, a distância física entre as pessoas, a nostalgia de abandonar os tão famosos caneta e papel substanciais e concretos em detrimento de algo tão abstrato e inconsistente, hoje rendo-me a seus pés e reconheço que errei.

Lembro-me de que na época em que a informática explodiu no Brasil, não quis aceitar o seu auxílio quer fosse na preparação de aulas e até mesmo como recurso didático, resisti até quando pude, mas no momento em que os professores foram praticamente pressionados a se alfabetizarem na linguagem virtual, comecei a rever meus conceitos e julguei-os ultrapassados e retrógrados. Até que não era tão mau assim, comecei a pouco a perceber-lhe as vantagens e em pouco tempo já achava maravilhoso. Adaptei-me rapidamente e a cada dia queria aprender mais. Na sala de aula, o computador era agora, meu aliado, um recurso poderoso que me aproximava dos jovens e facilitava meu trabalho.

Hoje, aposentada, tenho saudades dos projetos que ele me ajudou a realizar, a substancialização das páginas digitadas no meio da noite, a sua concretização em espetáculos maravilhosos, o despertar do poder miraculoso da pesquisa iluminando os caminhos obscuros do discípulo guiados através da mestra que falava a mesma linguagem jovem, atual.

Realizei-me e realizo-me diariamente com esta tecnologia e alegro-me ao descobrir que não era como pensava, uma máquina insensível, com a qual jamais me familiarizaria!

Inteirei-me com todos os programas que presumia serem artificiais e insignificantes, usei e até abusei de alguns deles e continuo ávida na busca interminável, no estudo infindável.

Através da internet, esta Ferrari veloz e precisa, encontrei parentes com que há décadas não me relacionava, fiz amigos e continuo fazendo diariamente. Através da criação do blog encontrei pessoas fantásticas!

Tenho poucos amigos por enquanto, mas a qualidade prevalece sobre a quantidade. Rompi barreiras da distância, pois conheci pessoa de outro país que apesar das milhas, parece estar do meu lado, quando comigo fala. Trocamos fotos, confidências, problemas.

Tenho seguidores e sou seguidora de blogs maravilhosos, e como é incrível o nível da amizade que se constrói através desta máquina chamada computador! Através dele compreendi que é possível sentir emoções, demonstrar carinho e amizade tão característicos de nós, povo latino.

Através da conversa quase que diária do blog, da postagem de textos e dos comentários dos leitores e amigos, passamos a conhecer alguém pormenorizadamente, encontramos o âmago, a alma de quem escreve seja diariamente,semanalmente ou de outra forma, e que na mágica da comunicação torna-se próximo como um irmão.

Devo dizer que estou me realizando, sinto-me imensamente feliz!

Ah! Essa máquina chamada computador...

6 comentários:

  1. Oi Cris...

    Estou passando para agradecer a visitinha e já estou te seguindo.
    Concordo com tudo que vc relatou no seu post e confesso que também tinha preconceitos com esta ferramenta.Hoje percebo o quanto estava enganada, pois tenho vivido experiências únicas!Espero te receber mais vezes no meu cantinho...

    Um forte abraço!!

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  2. Olá Cristina,
    Exactamente! O computador é uma máquina maravilhosa! Quando eu trabalhava fora de casa, usava-o só quase como instrumento de trabalho. Fazia faxes, ofícios, toda essa trapalhada dos escritórios. A colega que me ensinou a usar o computador disse-me que o visse como uma máquina de escrever, e eu assim fiz. Porém, depois, com a Internet, descobri que o computador é muito mais do que uma máquina de escrever com ecrã. É um mundo à nossa espera, um mundo de oportunidades e descobertas. Hoje o meu computador é parte da minha vida.
    Beijinhos,
    Glória

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  3. OI CRIS,

    AMEI A TUA POSTAGEM, LEGAL O CONTEÚDO E TAMBÉM MUITO DIVERTIDO, EU ENTENDO O QUE VOCÊ DIZ DO COMPUTADOR........RS, MUITO VERDADEIRO PARA QUEM VIVEU ISSO.
    SABE, EU QUANDO LEIO AS SUAS POSTAGENS, TENHO UMA SENSAÇÃO QUE TE CONHEÇO, ENGRAÇADO.
    AH, IA ME ESQUECENDO, MUITO OBRIGADO PELO SEU COMENTÁRIO, MUITO CARINHOSO E PRESENTE COM TODOS OS SEUS.

    UMA GRANDE SEMANA PARA TI

    UM ABRAÇO

    FÁBIO LUÍS STOER

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  4. Olha eu aqui de novo...tudo bem?

    Obrigada pelo comentário no meu cantinho.Sobre o texto que vc gostou, foi minha sogra que me mandou, muito engraçado, né?
    Olha, para colocar música apenas nos textos, não sei como fazer.A não ser que vc coloque músicas do YOU TUBE,entende?

    Um forte abraço e qualquer coisa é só perguntar...

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  5. Olá Cristina,
    Acho que sei mais ou menos como deve ser o artesanato que a Cristina faz. Eu compro, de vez em quando, uns arranjos para pôr nos centros das mesas, feitos com flores secas. Se é o que estou a pensar, são simplesmente lindos!!E pelo menos cá em Portugal, além de lindos são caríssimos! Têm a parte boa de além de serem muito decorativos, durarem muito tempo. Mas o clima por aqui é muito húmido no Inverno, e a minha casa, que já é velhota, não foge á regra. Então, para aí de 2 em 2 anos, mais coisa, menos coisa, renovo os arranjos de mesa.
    Eu não faço artesanato, e tenho pena. É uma coisa que gostava de saber fazer, porque se vêem tantas coisas lindas à venda, feitas em casa. Faço, quando tenho algum tempo, naprons e colchas de renda. Adoro fazer crochet e tricot. Se bem que de tricot, só sei o básico, mas em crochet consigo fazer coisas bonitas. Gosto de seguir os modelos que vêm nas revistas de lavores, e depois ver a obra feita!
    O subsidio de que lhe falei é o "abono de família". O Estado paga a todas as famílias com filhos, um subsidio em dinheiro, todos os meses, para ajudar nas despesas com as crianças (quanto mais crianças, maior o subsidio). Também pagam subsidio a quem tenha filhos estudantes, a quem esteja desempregado,a quem tenha filhos deficientes, a quem tenha idosos a cargo, etc. Existem ainda outras ajudas sociais que eu não conheço. Mas agora, com a crise financeira, o governo apertou a fiscalização, e é preciso enviar provas de todas as situações, para se ver se, em função dos reais rendimentos familiares, se justifica, ou não, a continuação de atribuição desses subsídios. Por cá também há quem diga que mais vale não trabalhar e simplesmente receber os benefícios sociais, ou trabalhar ilegalmente e continuar a receber as ajudas na mesma. Por causa desses, pagam todos. O dinheiro que deveria chegar a quem realmente precisa, é gasto com pessoas oportunistas e aldrabonas. Mas enfim! O ser humano não é perfeito... O nosso sistema de reformas, também não está nada bom. Como há muitas pessoas que não trabalham, não há tantos descontos. Como não há tantos descontos a entrar, as reformas, que são pagas com os descontos de quem trabalha agora, estão em risco. A trapalhada é tanta e tão variada, está tudo tão embrulhado que ás vezes dá vontade de dizer como o Ega, nos "Maias", de Eça de Queiroz:"- Venham os espanhois!" O pior é que em Espanha, as coisas não estão melhores, hi, hi, hi! De maneira que já nem com invasão espanhola lá vamos!
    Que bom que a carreira da sua filha vai óptima. Viajar, conhecer novos sítios,novas gentes, fazer o que gosta e ainda por cima ser paga por isso! É uma maravilha! Muito sucesso para ela!
    Coscuvilheira é mexeriqueira. Azelha é mais quando se diz que uma pessoa não tem muito geito para uma certa coisa. Por exemplo: eu não tenho muito geito para fazer tortas(aqueles bolos enroladinhos), logo, eu sou azelha a fazer tortas. Há muitos termos e regionalismos que são engraçados. Também temos os "ditados populares", que são um encanto. Eu sei montes deles. O meu filho farta-se de rir, porque ás vezes, para uma situação eu sei vários ditados populares. É nessas alturas que ele diz, que eu sou a mãe mais chata do mundo...
    Já tinha lido o seu bonito artigo sobre a tecnologia, e já deixei um comentário, antes deste. Realmente esta é uma boa altura para estar vivo, independentemente das situações menos boas, há tantas e tantas coisas maravilhosas à nossa volta! E o computador é uma delas!
    Beijinhos,
    Glória

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