segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A educação mergulha cada vez mais num caos sem limite, num abismo infinito, sem volta, sem solução, se não forem tomadas medidas prementes.


NAVIO SEM LEME









A educação jamais melhorará sem a mudança mais urgente e necessária: seleção e troca de funcionários incompetentes ocupando cargos públicos, um verdadeiro cabide de empregos que é realidade em cada unidade de ensino, onde apenas pessoas de mérito poderiam estar trabalhando para a melhora do país.
São diretores ausentes substituídos por vices relapsos, interessados apenas em resgatar seu salário no final do mês. Da mesma forma, coordenadores que não têm condições nem de coordenarem a própria vida, inseguros sem terem a noção do que precisam fazer. Professores que encaram o magistério como um “bico”, um segundo salário pobre, mas que engrossa o orçamento no final do mês. Alunos perdidos e mal orientados que nem sabem o que ali vieram fazer, soltos, esperando ansiosamente o sinal para irem embora mais cedo, sempre. Por sua vez, as diretorias de ensino parecem viver num mundo ficcional onde tudo é maravilhoso, um verdadeiro conto de fadas, onde todos trabalham adequadamente para o futuro do Brasil, ali, recebem ordens de fecharem pouco a pouco todas as escolas do período noturno, já que não conseguem melhorá-las que as eliminem, afinal servem apenas como lazer, tráfico de drogas, encontros de casais, menos local de aprendizagem... Bela lição! Em breve, fecharemos também as escolas de outros períodos por incompetência administrativa. Do  mesmo modo, as secretarias e coordenadorias da Educação fazem vistas grossas para o terrível problema que está produzindo cidadãos inaptos, inconscientes, despreparados e incompetentes, afinal tiveram escola para esse fim. No sentido de suprir faltas dos professores titulares que mais faltam do que comparecem, quando não comparecem com atraso habitual, lança cargos como o dos professores PAA (Projeto de Apoio à Aprendizagem) com o objetivo de trabalhar as dificuldades e desempenhos fracos ocorridos nas avaliações externas (SARESP e Avaliação Diagnóstica) além de desenvolver projetos transversais relevantes em interdisciplinaridade... 
Parece piada! A desconsideração para com o cargo já começa de cima para baixo e entre os colegas de classe que consideram esse profissional como um tapa-buracos sem valor algum e esse conceito é tão visível que induz os próprios interessados, os alunos, que passam a questionar as aulas da grade, não querendo assistir as aulas “chatas” quando iriam embora mais cedo, fortalecidos em seus sentimentos pelo quadro dos funcionários da escola que têm o mesmo desejo... Não há uma palavra por parte da direção, da coordenação que tente mudar esse paradigma nascido dentro da própria categoria que, se pararmos para pensar, deveria ganhar bem menos do que recebe em sua maioria, o correto seria um salário baseado em comprovada produção. E o fato mais revoltante é a equidade salarial entre aqueles que se dedicam e os que “enrolam” brincam de escolinha, e bota escolinha desclassificada nisso! Não há interesse em moralizar, incluir esse profissional na semana de provas, de apresentá-los à comunidade escolar, de pensar em levá-los às reuniões de pais e mestres. Mas, quem disse que ele é mestre? Ninguém pensa assim, todos afirmam que PAA é apenas um eventual que ganha por dezenove aulas fixas... E como invejam esse coitado quando ele cumpre seu horário dentro da sala dos professores! Ninguém toma consciência do seu trabalho em planejar aulas, ações, projetos para consertar erros que muitos “mestres” por incompetência ou negligência cometeram com seus discípulos.
Como melhorar esse quadro dantesco?  A solução é tão óbvia: supervisão, observação, trabalho, demissões...Tem muita gente boa querendo trabalhar de verdade, ser valorizada, considerada por uma direção e equipe administrativa que realmente assumam o leme do navio e não o deixem à deriva, vagando no meio do oceano até afundar de vez...