A educação mergulha cada vez mais num caos sem limite, num abismo infinito, sem volta, sem solução, se não forem tomadas medidas prementes.
NAVIO SEM LEME
A educação jamais melhorará sem a
mudança mais urgente e necessária: seleção e troca de funcionários incompetentes
ocupando cargos públicos, um verdadeiro cabide de empregos que é realidade em
cada unidade de ensino, onde apenas pessoas de mérito poderiam
estar trabalhando para a melhora do país.
São diretores ausentes
substituídos por vices relapsos, interessados apenas em resgatar seu salário no
final do mês. Da mesma forma, coordenadores que não têm condições nem de
coordenarem a própria vida, inseguros sem terem a noção do que precisam fazer. Professores que encaram o magistério como um “bico”, um segundo salário pobre,
mas que engrossa o orçamento no final do mês. Alunos perdidos e mal orientados
que nem sabem o que ali vieram fazer, soltos, esperando ansiosamente o sinal
para irem embora mais cedo, sempre. Por sua vez, as diretorias de ensino
parecem viver num mundo ficcional onde tudo é maravilhoso, um verdadeiro conto
de fadas, onde todos trabalham adequadamente para o futuro do Brasil, ali, recebem
ordens de fecharem pouco a pouco todas as escolas do período noturno, já que
não conseguem melhorá-las que as eliminem, afinal servem apenas como lazer,
tráfico de drogas, encontros de casais, menos local de aprendizagem... Bela
lição! Em breve, fecharemos também as escolas de outros períodos por
incompetência administrativa. Do mesmo modo,
as secretarias e coordenadorias da Educação fazem vistas grossas para o
terrível problema que está produzindo cidadãos inaptos, inconscientes,
despreparados e incompetentes, afinal tiveram escola para esse fim. No sentido
de suprir faltas dos professores titulares que mais faltam do que comparecem,
quando não comparecem com atraso habitual, lança cargos como o dos professores
PAA (Projeto de Apoio à Aprendizagem) com o objetivo de trabalhar as
dificuldades e desempenhos fracos ocorridos nas avaliações externas (SARESP e
Avaliação Diagnóstica) além de desenvolver projetos transversais relevantes em interdisciplinaridade...
Parece piada! A desconsideração para com o cargo já começa de cima para baixo e
entre os colegas de classe que consideram esse profissional como um
tapa-buracos sem valor algum e esse conceito é tão visível que induz os
próprios interessados, os alunos, que passam a questionar as aulas da grade, não
querendo assistir as aulas “chatas” quando iriam embora mais cedo, fortalecidos em seus sentimentos pelo quadro dos funcionários da escola que têm o mesmo desejo... Não há uma
palavra por parte da direção, da coordenação que tente mudar esse paradigma
nascido dentro da própria categoria que, se pararmos para pensar, deveria ganhar
bem menos do que recebe em sua maioria, o correto seria um salário baseado em
comprovada produção. E o fato mais revoltante é a equidade salarial entre
aqueles que se dedicam e os que “enrolam” brincam de escolinha, e bota escolinha
desclassificada nisso! Não há interesse em moralizar, incluir esse profissional
na semana de provas, de apresentá-los à comunidade escolar, de pensar em
levá-los às reuniões de pais e mestres. Mas, quem disse que ele é mestre?
Ninguém pensa assim, todos afirmam que PAA é apenas um eventual que ganha por
dezenove aulas fixas... E como invejam esse coitado quando ele cumpre seu horário dentro
da sala dos professores! Ninguém toma consciência do seu trabalho em planejar
aulas, ações, projetos para consertar erros que muitos “mestres” por
incompetência ou negligência cometeram com seus discípulos.
Como melhorar esse quadro
dantesco? A solução é tão óbvia:
supervisão, observação, trabalho, demissões...Tem muita gente boa querendo trabalhar de
verdade, ser valorizada, considerada por uma direção e equipe administrativa
que realmente assumam o leme do navio e não o deixem à deriva, vagando no meio do
oceano até afundar de vez...