Boa-noite, caro leitor. O assunto hoje é bastante polêmico e
diz respeito a nossa liberdade de expressão, a tão falada democracia que dizem
estarmos vivendo atualmente...
Quem dá aos “pobres”
empresta a Deus
Realmente é algo questionador, apesar de muitos gritarem a
altos brados que temos livre arbítrio, um poder de escolha sem igual e amplo
direito de manifestarmos nosso ponto de vista. Depara-se com uma grande controvérsia quando
verificamos exatamente o oposto.
Pessoas inflamadas afirmam suas preferências de ideologia,
filosofia e política atropelando opiniões contrárias e não sabem ouvir, manifestam-se
indignados quando são contrariados em suas explanações, na maioria das vezes,
unilaterais, caracterizadas por fanatismo político e manipulação da mídia.
O que se verifica é que há uma grande confusão entre
liberdade e libertinagem, a deformação do caráter é realidade, e nos discursos
mais recitados do cotidiano, ouvimos louvor à indolência em detrimento do
trabalho, justificada quase sempre pelo baixo valor do salário recebido. Desta
maneira, uma equipe inteira, com raríssimas exceções, cruza os braços e oferece
um serviço medíocre que, a cada dia, dependendo da profissão, contribui para a
ruína de personalidades e falência moral da nação. Neste caso, direitos
adquiridos são desvalorizados, o errado prevalece sobre o certo, a falta de
ética se sobrepõe à retidão de caráter, desenhando uma crise existencial nunca
vista em outros tempos nem mesmo na época da tão criticada ditadura militar.
Assim, documentos perdem a validade, o direito à propriedade não mais é
reconhecido, classes sociais se rivalizam, pessoas são jogadas umas contra as
outras, sempre em nome da bela democracia.
Vivemos hoje a democradura da pobreza: cultural, de espírito,
da moral, do desrespeito social, violação dos direitos realmente humanos e não daqueles ditados por valores midiáticos. Falta patriotismo, amor à Pátria; não aquela idolatração radical, doente que leva à guerra e a discórdia entre os povos, mas um respeito saudável ao lugar onde se nasce e vive, preservando a cidade natal, o país, seu hino, sua bandeira, como identidade cultural. Muitos fizeram e fazem exatamente o antônimo e ficaram famosos por essas ações, como transgredir leis, ferir símbolos cívicos brasileiros, descendo ao mais baixo degrau da vileza e sordidez que demonstra carência de sentimentos nobres...
E uma vez pobre, o ser humano é eternamente o pobre, sem a mínima chance de vencer a miséria em que vive; perpetuamente dependente de
esmolas públicas que dilapidam a economia do país, violentam a classe que paga
seus impostos e tributos e, que nessa cadeia desumana, sustenta toda esta “filantropia”
às avessas, que não fornece cultura, educação de qualidade, formação para a
real cidadania e respeito ao próximo.
Constatamos tristemente que é proibido possuir qualquer bem,
mesmo que tenha sido adquirido com o esforço e a poupança sofrida durante os
anos, sob pena de sermos ridicularizados e taxados de “burgueses”, exploradores
das classes menos privilegiadas. Sob essa bandeira, o direito à propriedade é
altamente condenado, prédios e imóveis são ridiculamente violentados pelo ato
de invasão onde o próprio dono priva-se do direito adquirido necessitando de
procurar a justiça e pagar caro para obter sua reintegração de posse, a despeito
de todo o pagamento regular dos tributos que envolviam seu imóvel.Mas que pouca
vergonha é essa, que denominam socialismo? Isso é justo? O nome desse regime político
deveria receber o nome de vandalismo, anarquismo em mais alto grau.
Invadem-se e destroem-se prédios públicos ou privados, moradias, espaços da
cidade e até mesmo escolas sempre sob a mesma alegação: necessidade popular...Os
estabelecimentos públicos são obrigados a fornecer tudo a seus alunos: livros,
cadernos, lápis, borracha, uniforme, merenda entre outros, levando a população
a viver displicentemente, usando seus salários para adquirir frivolidades; pais
não necessitam mais preocupar-se com seus filhos, o estado tudo oferece...Nem
mesmo de deixar um alimento pronto em casa, a mulher pode cuidar...
No atual momento, a indignação é total: “Por que razão não há merenda escolar para nossos filhos?
Entretanto, a despeito de toda essa exigência que chega a paralisar
o processo educativo, o que se vê são frutas e alimentos servidos transformados em objetos de guerra entre alunos que sujam os pátios e salas de aula das escolas, comprovando o fato de que não estão tão subnutridos como todos defendem. São livros mal cuidados, rasgados e pichados,
que implicam novas compras enriquecendo grandes empresas; lápis e borrachas
despedaçados servindo de pugna entre alunos em sala de aula; cadernos
desperdiçados, mal usados e entregues à mercê de pequenos vândalos que já
preparam seu futuro na marginalidade, pois não há o devido respeito, o estímulo a transpor barreiras; não se valoriza o que é entregue de mão
beijada!
Relembro-me agora de meu pobre pai; nunca ajudado por
alguém, com suas parcas economias para dedicar à educação dos filhos, no
entanto, estudou a todos e ainda ofereceu acréscimo cultural de aulas de música
para lapidar-lhes a alma, através do esforço pessoal e aumento de sua carga de trabalho.
A alimentação em minha casa nunca foi fornecida pelo Estado, mas entregue à dedicação materna, e assim perpetuei o que
aprendi em minha infância, dentro do meu próprio lar: comida preparada mais
cedo, sem a esmola pública e a dependência do dinheiro das instituições sociais. Uma mãe é
exemplo para seus filhos... E olhem que não havia as famigeradas bolsas tudo e
cestas básicas, e o leve isto e aquilo, belas campanhas marqueteiras que geram votos e submissão popular a seus benfeitores...
O sistema vigente deteriorou o pouco de caráter que ainda
existia no ser humano, antes, havia ajuda social, entretanto, só em casos extremos e
comprovados. Hoje a proliferação de auxílios e benefícios indistintamente, acaba
com nosso sistema previdenciário, totalmente injusto e incoerente que
desvaloriza aquele que contribui em detrimento daquele que não teve a mínima preocupação neste sentido durante sua vida profissional.
E onde estão os
direitos daqueles que desejam estudar realmente, que sabem que educação de
qualidade exige esforço e construção do conhecimento diário, não a obtenção
injusta de um diploma sem valor como vem sendo praticada ultimamente, cujo lema é oferecer apenas os peixes, sem o cuidado de ensinar a pescar.
E a grande maioria ainda
têm a coragem de invejar aqueles que com dificuldade conseguiram construir um
patrimônio, privando-se de muitas futilidades e sonhos de consumo numa tentativa de garantir uma velhice confortável. No final das contas, o cidadão consciente e trabalhador vê
dilapidado tudo o que construiu, violentado em constantes furtos e assaltos, isso quando não perde
a própria vida...
Poderia discorrer sobre esse assunto a noite toda, escrever
um livro, uma tese de doutorado que ele não se extinguiria, dado à gravidade da
situação e de toda a corrupção e intencionalidade que reside atrás destes atos políticos...
Tenho a certeza de que este texto gerará milhões de críticas e rotulação a seu autor quanto ao caráter desumano, incompreensão, nazismo, fascismo, alienação no teor da argumentação. Não me importo... Pelo menos num blog, um caderno um tanto solitário, pode-se desabafar de vez em quando, sem a pressão dos articulados, dos "verdadeiros" cidadãos, dos humanos e polidos, que a tudo sabem e a tudo criticam. Sua palma, sua alma. A hipocrisia, infelizmente, é mola que move o mundo...