Boa-noite. O texto de hoje nos lembra de que não podemos
cruzar os braços e como vaquinhas de presépio apenas balançar a cabeça...
Discriminação
ou Contravenção?
Inacreditáveis e inaceitáveis as decisões que se tomam nesse
país em relação à segurança em locais públicos e do cidadão pagador de impostos,
que se vê totalmente abandonado, à mercê de marginais e contraventores sem
nenhuma garantia ou qualidade de vida...
Os famigerados rolezinhos, eufemismo criminoso para denominar
a invasão da tranqüilidade social que já se delineia como nova tática para
obter dinheiro sem esforço, por incrível que pareça, está tendo cobertura legal
que parece virar o jogo, rotulando como discriminação racial e social a decisão
dos shoppings de proibir esses encontros “inocentes” de jovens de “bem”.
Alegando que todos devem ter os mesmos direitos, o Ministério
Público diz em informações através da mídia, ser capaz de dar conta de ambos os
aspectos, tanto do cidadão que pretende a seu bel prazer “relacionar-se”
marcando os malfadados encontros, como do comerciante, que oprimido, atualmente
encontra-se frustrado em seus direitos, correndo riscos de arrastões e de vida,
apesar de arcar com a alta carga tributária que lhe é imputada.
Faz-se necessário um questionamento: que medida é esta que a
Justiça Brasileira quer tomar? Ninguém questiona na mídia essa atitude, tal ato
não é compatível com a democracia que se diz estarmos vivendo. Se não me
engano, democracia significa: governo do povo e assim sendo, era caso para um
plebiscito onde os principais interessados deveriam deliberar e racionalmente,
não é assunto para ser decidido em gabinete fechado.
Na teoria é muito lindo dizer que ambos os aspectos serão
contemplados, mas na realidade, vendo o país devastado como está e totalmente
dominado por marginais e contraventores, tal afirmação chega a soar como uma
piada, num momento em que não há mais segurança em local algum, apesar de a Constituição
a garantir. Sabemos por experiência própria que a marginalidade cresce
assustadoramente na mais tenra idade, não adianta fazer vista grossa e esses “rolês”,
como todos já prevêm, têm intenção criminosa. Por que razão esses adolescentes
precisam juntar-se num grande grupo e lotarem ambientes que sequer têm
estrutura para tanto? Por que não formarem um grande grupo para estudos e
trabalho? Tal atitude mais se assemelha a demonstração de poder, e poder
paralelo...
Não venham com a velha história de preconceito social, de
comiseração e jogada emocional para justificar o injustificável... Em momento
algum, qualquer cidadão decente foi discriminado em shoppings ou barrado de frequentá-los,
desde que esteja dentro da normalidade social, que encontra amparo em atitudes
sociais sadias, próprias ao convívio em grupo.
Paira no ar, principalmente na mídia televisiva, um medo de
comentar o assunto numa concordância com as medidas descabidas que vêm
proliferando ultimamente por esse país e que não estão agradando e nem
favorecendo a população trabalhadora.
O brasileiro não tem o hábito de se expressar por escrito
sobre essas questões que tanto afligem a todos, é preciso mudar essa atitude,
incentivar nova postura na tomada de decisões que cabem unicamente ao cidadão. Medo
de repressão? Talvez... Mas, se não me falha a memória, não estamos em uma
democracia?!