segunda-feira, 17 de julho de 2023

Reencontro

 




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Não há palavras que possam descrever com fidelidade o prazer de encontrar, ou melhor, reencontrar velhos amigos. Ainda mais depois de tanto tempo. É algo inexplicável a emoção que sentimos em um encontro presencial, olhos nos olhos, abraços, palavras gentis que nos fazem voltar na máquina do tempo mesmo após mais de 50 anos...

Rever aqueles que nos foram caros e  com quem, diariamente convivemos como família, numa troca de experiências e emoções saudáveis e felizes regada a muita vivacidade e alegria de viver de um tempo em que a tecnologia não havia robotizado os homens, resumindo-os a simples fotos de um ecrã de computador, ou de frios encontros através dos Meets da vida. Um tempo em que grupos de jovens se reuniam e lotavam a praça pública da minha querida cidade natal de Araçatuba onde os namoros aconteciam espontaneamente, sinceros, olho no olho, muito longe dos Tinders atuais. 

Apesar da distância de 580 quilômetros de São Paulo,  cidade que resido atualmente, fiz questão de não perder esse evento e a ansiedade de estar presente traduziu-se  antes, levando-me a muitos devaneios e passeios pela imaginação, visualizando cada um dos participantes, cujas fotos via diuturnamente através de um grupo de whatsapp intitulado "Amigos para sempre", criado por uma amiga muito especial, a Vera, uma mulher muito dinâmica que foi capaz de através de um árduo e sistemático trabalho reunir a todos no dia 15 de julho de 2023, data que memoravelmente jamais me sairá da memória e do coração, tal foi o impacto que causou.

A princípio, a incerteza, o medo de não ser bem recebida ou lembrada, uma vez que o tempo muitas vezes revela-se como vilão levando-nos ao esquecimento, à indiferença. Entretanto, nada disso ocorreu,  fui a primeira a chegar ao local agradável, onde as árvores e pássaros adornavam o ambiente. A  emoção e o vento  frio me deixaram as mãos geladas, vi cada amigo chegar, todos agora, não digo envelhecidos, mas experientes, bem vividos, bem formados, todos com expressão de amizade, simpatia e retidão de caráter como foi a característica dos jovens das décadas e 60 e 70, os maravilhosos anos conhecidos como "dourados", em que não havia praticamente vícios insalubres, desvio de personalidades em que não proliferavam psicólogos e igrejas mil em cada esquina com interesse mais monetário do que cristão em seus ideais...

Confesso que chorei por dentro, apesar de me mostrar alegre e feliz, talvez não tenha dado a atenção merecida a todos os que desejava, peço humildemente perdão. 

Se não o fiz, foi por pura falta de oportunidade, pois sentávamos em mesas separadas durante o almoço de confraternização e o relógio, esse inimigo silencioso, corre rapidamente.

Gostaria que o tempo parasse naquele momento e que ficássemos sempre juntos novamente como sempre acontecia no nosso pequeno colégio Jorge Correa, tão amado e lembrado.

A presença das antigas mestras trouxe a alegria de podermos rever àquelas que nos levaram e guiaram pelos caminhos do conhecimento e da informação.

De cada um que se despedia, a tristeza que apontava, mostrando a realidade fria da obrigatoriedade da separação!

Que venham ainda muitos encontros como esse e que possamos estar sempre juntos, Amigos para sempre!