domingo, 19 de janeiro de 2025

 Tudo por dinheiro







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É uma frase célebre, que representa fielmente o mundo em que hoje vivemos. Não querendo puxar sardinha para a lata dos que hoje são cidadãos e cidadãs mais vividos, para não dizer mais velhos, a corrida pelo dinheiro ocupa lugar principal na cabeça dos seres humanos atualmente.

Não foi à toa, que todos os tipos de mídia e meios de comunicação vieram construindo nomes, marcas que foram adquirindo força no mercado e prestígio inigualável enquanto outrora, antes da camiseta e das calças jeans, homens e mulheres vestiam-se elegantemente com trajes sociais costurados em casa ou por profissionais da costura, mostrando a diversidade de gostos que nunca se repetiam na indumentária humana. Era impossível ver alguém exibindo uma T-shirt repleta de frases em inglês ou outra língua, fazendo propaganda ambulante de grifes  famosas, tal qual mencionou Drummond ao escrever o fantástico poema Eu, etiqueta, a  que todos tinham a obrigação de ler e acatar sua mensagem, pois a partir do final do século XIX somos mesmo divulgadores de marcas que a cada momento crescem e expandem seus lucros no centros comerciais. Ora, os jovens são fácil e emocionalmente levados por esse turbilhão de propagandas e campanhas de publicidade que conduzem a uma identidade falsa, que, no entanto, traz prestígio e valorização na sociedade.

O jeans chegou com  força total no final da década de 70 no Brasil, reforçando a ascensão de países ricos que já começavam a impor uma cultura que iria se solidificar ao longo dos tempos. Dificilmente veremos algum ser vivente que não usa um blue jeans ou outra cor dessa roupa tão comum nos costumes do mundo todo.

E além disso, muitos outros hábitos foram se incorporando; atrizes famosas exibindo pele de louça através de maquiagem e cosméticos; calçados de grifes poderosas com que todos sonham e dão seu sangue para adquirir; celulares cada vez mais eficientes e inalcançáveis, medicamentos que prometem, por um preço exorbitante; alimentos mágicos capazes de verdadeiros milagres de beleza e saúde, enfim, são tantos os produtos, que precisaríamos de milhões de páginas para mencioná-los, e agora, poucos seres pensantes sabem que tudo é por dinheiro, nada mais do que isso, e ficou muito fácil convencer, uma vez que as pessoas já se tornaram pouco críticas, conduzidas e tangidas pela mídia como um gado obediente e desalmado que valoriza apenas a aparência física em seus pares, pouco se importando com a essência, o valor que realmente importa no relacionamento humano.

Causa um certo desconforto, e por que não dizer, nojo, quando se verifica que certos homens e muitas mulheres analisam o modo de se vestir, quanto a marcas e grifes, perfumes, joias, celulares, bolsas e outras coisitas mais durante encontros sociais, evitando relacionamento com aqueles ou aquelas que não seguem a corrente; a maré podre, que faz com que verdadeiras flores se murchem,   que belas pérolas percam seu brilho.