quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Boa-tarde. O assunto hoje é sobre o poder do voto, considerado pela sociedade como a maior arma de transformação. Mas, será ele tão eficiente assim?



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Muito se fala em democracia, direitos adquiridos como o de eleger um candidato através do voto, principalmente para as mulheres que em tempos mais distantes não teriam esta chance como os homens já o faziam. Negros, pobres, ricos, artistas, professores, advogados, enfim hoje, podem dizer em alto e bom tom que vivem uma democracia e exercem este poder de colocar um presidente, um prefeito, um vereador ou um deputado entre outros.
Apesar de toda a modernidade de que dispomos atualmente, urnas eletrônicas, variedade de locais, e proteção das leis, percebe-se que votar não é tudo. Principalmente, em um momento onde grassa a corrupção, a falsidade e falta de caráter. Meios de comunicação de massa induzem a este ou aquele candidato, igrejas tomam posição política a favor deste ou daquele partido, e o que é pior: educadores que se acham donos da verdade manipulam a opinião de seus alunos, convencendo-os a qualquer custo que sua ideologia é correta na questão política.
Como ter prazer em exercer a cidadania num momento como este: o partido dos ricos não presta, o dos pobres se corrompeu, mas não dá o braço a torcer, enquanto outros tentam se eleger criticando e se bandeando para o bojo daqueles que detêm o maior número de eleitores. Honestidade, ética, sinceridade e bom-senso são atitudes que permanecem no passado. A mídia escancara diariamente a vergonhosa escalada do crime, da contravenção, do assalto dos criminosos de colarinho branco. E a ladainha  repete a mesma cantilena, passando de geração a geração as mesmas figurinhas do álbum, que só são trocadas de pai para filho ou neto.
Verbas para eleição então é algo bizarro, que lança na mediocridade milhares de cédulas monetárias que seriam melhor aplicadas em tantos setores carentes da sociedade. Ao lado deste cenário decadente, alguém é capaz de imaginar ainda que a eleição do seu candidato mudará alguma coisa? Tenha certeza absoluta que não, pois a própria população não pratica o civismo, o respeito a direitos e deveres que todo cidadão deve saber e pôr em prática. Sem essa formação de caráter, primeiramente não haverá condição de seleção de um bom candidato, e até mesmo a noção do que seja um bom governo. Obviamente os nossos homens acreditam apenas egoisticamente em satisfação pessoal, nunca no altruísmo e benefício coletivo.Vivemos uma crise existencial, de caráter, de bons costumes, de moralidade... Tudo bem, não há mais certo ou errado, aquilo que dantes era prejudicial ao bem comum hoje é aceito normalmente, porque como todos afirmam o mundo se modernizou e precisamos mudar a nossa postura, a nossa maneira de sentir e agir, mesmo que estejamos reprimindo a nossa vontade...
Deste modo, não chegamos a lugar algum, não sabemos cobrar de nossos governantes, aquilo que já não temos mais: a essência, a sensibilidade, a humanidade. É fundamental que haja uma mudança radical na educação familiar, nas escolas e na formação espiritual das pessoas, principalmente,coisa que nossas instituições não estão capacitadas a fazer agora. Há que se esquecer o dinheiro, status, poder e perceber o óbvio: não há mais seres humanos, eles se materializaram e se concentraram apenas em aquisição de coisas  fúteis, indolência e egocentrismo.
Podemos dizer que a tão sonhada democracia pela qual lutamos tanto para conseguir é deformada, autoritária e inútil, não está preparada para mudar o mundo para melhor, infelizmente.