quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O texto de hoje trata mais uma vez dos programas oferecidos pelas empresas televisivas nacionais e sua colaboração como forma de acréscimo cultural, social entre outros...

DIVERSÃO OU  DETERIORAÇÃO?


Muitos brasileiros em diferentes faixas etárias infelizmente, saturam-se diariamente das matérias divulgadas pela maior mídia massiva do país: a televisiva.
E na sua maioria, com raríssimas exceções, grande parte das emissoras segue uma única linha de exploração: o competitivo nível de audiência, o IBOPE e algumas delas chegam a citar os pontos atingidos como um verdadeiro grito de vitória, uma vez que esse fato representa lucro e fidelidade de audiência. O problema é a forma como conseguem seu objetivo. Em primeiro lugar, através de estudos sociológicos que revelam o nível intelectual e social da população e pesquisas sobre o grau de satisfação obtido pela maioria, essas instituições que só visam riquezas, criam programas nivelados com a intelectualidade e sociômetros da grande massa, pouco se importando com seu desenvolvimento como pessoas de caráter, uma vez que o que realmente importa é atingir suas metas. Não há o mínimo interesse na maioria das  TVs abertas, principalmente, em oferecer cultura de qualidade, cursos educativos e artísticos variados investindo desta forma no cidadão do amanhã.
Desta maneira, a programação medíocre e repetitiva do dia a dia monotonamente ecoa seus pobres e irrelevantes conteúdos desde que o dia amanhece até a noite onde o que importa realmente, é a vida alheia, exemplificando, fofocas e maledicências sobre famosos, simulações enganosas de situações, as famosas “pegadinhas”, que só conseguem distrair, perdoe-me a franqueza os espíritos infantis e pouco amadurecidos culturalmente, que excessivamente crédulos, conseguem acreditar até em fadas e gnomos, pois desprovidos da criticidade espiritual confiam em tudo e em todos...E a matéria jornalística então? Mais parece dirigida a portadores de Alzheimer, pois enfadonhamente repete os bordões idênticos em todos os horários, a única coisa que não faz é efetuar um serviço de utilidade pública relevante, porque obedece visivelmente a um partidarismo político que não permite que certos assuntos como greves de professores, avisos sobre concursos e datas importantes para o magistério, entre outros, sejam veiculados. Do mesmo modo, os programas culturais, na verdade, desde longa data divulgam sempre artistas apadrinhados ou de matéria paga por valor econômico ou por indicação de grupos poderosos, enfim exibem somente aquilo que querem divulgar e que realmente lhes trará retorno financeiro... Outro tipo de programação favorece a lascívia e o precoce desenvolvimento sexual com exibição de atos libidinosos escancarados indistintamente e em horários impróprios com a finalidade de angariarem a audiência de jovens e adultos, pouco se preocupando com as crianças e seu desenvolvimento saudável, ato totalmente apoiado por apresentadores irresponsáveis, que criticam qualquer tipo de censura, não distinguindo bom-senso de repressão... E assim acontecem: reality shows e seu conteúdo altamente pobre de conteúdo, mas cheio de apelos sexuais que se completam na internet, inocentes programas diários cujos temas baseiam-se na mediocridade e nem deveriam ter lugar num espaço tão caro como o é a televisão, em entrevistas de artistas sem noção que despejam pela tela uma chusma de tolices e maneiras de agir pouco apropriadas que acabam se impondo aos mais suscetíveis e impressionados com a fama e o sucesso... E as novelas que ocupam grande parte da programação, então... Deixaram de representar a arte para fazerem verdadeiras campanhas publicitárias de produtos em geral, da mesma forma como servem para divulgar ideologias políticas e “fazer a cabeça” da população sem contar o uso da criminalidade e da desgraça alheia que dão forma a matérias sensacionalistas e de apologia ao crime, onde os personagens principais são os assassinos e a crueldade.
E não cabe mais aqui enumerar todos os pontos negativos que essa mídia traz à população, que sem ter como se ocupar, seja por preguiça, desemprego ou prazer insere seus filhos, idosos e jovens num turbilhão de asneiras sem fim, onde as pessoas perdem sua identidade e espírito crítico ao viverem o alheio e absorverem ideologias prontas que atrofiam o cérebro e o poder de raciocínio, além de dificultarem o convívio social em detrimento do isolamento e da solidão.
Agora pergunto: haverá algum interesse em mudar esse quadro tão famoso e lucrativo?