O texto de hoje trata mais uma vez dos programas oferecidos
pelas empresas televisivas nacionais e sua colaboração como forma de acréscimo cultural,
social entre outros...
DIVERSÃO OU DETERIORAÇÃO?
Muitos brasileiros em diferentes faixas etárias infelizmente,
saturam-se diariamente das matérias divulgadas pela maior mídia massiva do
país: a televisiva.
E na sua maioria, com raríssimas exceções, grande parte das
emissoras segue uma única linha de exploração: o competitivo nível de
audiência, o IBOPE e algumas delas chegam a citar os pontos atingidos como um
verdadeiro grito de vitória, uma vez que esse fato representa lucro e
fidelidade de audiência. O problema é a forma como conseguem seu objetivo. Em
primeiro lugar, através de estudos sociológicos que revelam o nível intelectual
e social da população e pesquisas sobre o grau de satisfação obtido pela
maioria, essas instituições que só visam riquezas, criam programas nivelados
com a intelectualidade e sociômetros da grande massa, pouco se importando com
seu desenvolvimento como pessoas de caráter, uma vez que o que realmente
importa é atingir suas metas. Não há o mínimo interesse na maioria das TVs abertas, principalmente, em oferecer
cultura de qualidade, cursos educativos e artísticos variados investindo desta
forma no cidadão do amanhã.
Desta maneira, a programação medíocre e repetitiva do dia a
dia monotonamente ecoa seus pobres e irrelevantes conteúdos desde que o dia
amanhece até a noite onde o que importa realmente, é a vida alheia, exemplificando,
fofocas e maledicências sobre famosos, simulações enganosas de situações, as
famosas “pegadinhas”, que só conseguem distrair, perdoe-me a franqueza os
espíritos infantis e pouco amadurecidos culturalmente, que excessivamente
crédulos, conseguem acreditar até em fadas e gnomos, pois desprovidos da
criticidade espiritual confiam em tudo e em todos...E a matéria jornalística
então? Mais parece dirigida a portadores de Alzheimer, pois enfadonhamente
repete os bordões idênticos em todos os horários, a única coisa que não faz é
efetuar um serviço de utilidade pública relevante, porque obedece visivelmente
a um partidarismo político que não permite que certos assuntos como greves de
professores, avisos sobre concursos e datas importantes para o magistério, entre
outros, sejam veiculados. Do mesmo modo, os programas culturais, na verdade,
desde longa data divulgam sempre artistas apadrinhados ou de matéria paga por
valor econômico ou por indicação de grupos poderosos, enfim exibem somente
aquilo que querem divulgar e que realmente lhes trará retorno financeiro...
Outro tipo de programação favorece a lascívia e o precoce desenvolvimento
sexual com exibição de atos libidinosos escancarados indistintamente e em
horários impróprios com a finalidade de angariarem a audiência de jovens e
adultos, pouco se preocupando com as crianças e seu desenvolvimento saudável,
ato totalmente apoiado por apresentadores irresponsáveis, que criticam qualquer
tipo de censura, não distinguindo bom-senso de repressão... E assim acontecem:
reality shows e seu conteúdo altamente pobre de conteúdo, mas cheio de apelos
sexuais que se completam na internet, inocentes programas diários cujos temas
baseiam-se na mediocridade e nem deveriam ter lugar num espaço tão caro como o
é a televisão, em entrevistas de artistas sem noção que despejam pela tela uma
chusma de tolices e maneiras de agir pouco apropriadas que acabam se impondo
aos mais suscetíveis e impressionados com a fama e o sucesso... E as novelas
que ocupam grande parte da programação, então... Deixaram de representar a arte
para fazerem verdadeiras campanhas publicitárias de produtos em geral, da mesma forma como servem para
divulgar ideologias políticas e “fazer a cabeça” da população sem contar o uso
da criminalidade e da desgraça alheia que dão forma a matérias sensacionalistas
e de apologia ao crime, onde os personagens principais são os assassinos e a
crueldade.
E não cabe mais aqui enumerar todos os pontos negativos que
essa mídia traz à população, que sem ter como se ocupar, seja por preguiça, desemprego
ou prazer insere seus filhos, idosos e jovens num turbilhão de asneiras sem
fim, onde as pessoas perdem sua identidade e espírito crítico ao viverem o
alheio e absorverem ideologias prontas que atrofiam o cérebro e o poder de
raciocínio, além de dificultarem o convívio social em detrimento do isolamento
e da solidão.
Agora pergunto: haverá algum interesse em mudar esse quadro
tão famoso e lucrativo?
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