Chega a hora das despedidas, das partidas e do final de mais um ciclo. O ano termina e com ele surge a mudança...
A vida é um mar...
Às vezes
impetuosa, vigorosa, outras calmas e brandas, mas sempre em movimento
constante. São idas e vindas que sempre culminam em um encontro arrebatador, que
apesar de fugaz, efêmero, deixa marcas por onde passa, levando saudades,
tristezas, esperanças...
Nossa
existência assim é, semelhante ao mar, se paramos para pensar. Numa eterna roda-viva
de ações impetuosas na juventude, mais tranquilas na idade adulta, mais madura,
mas sempre infinita de ações enquanto vivemos. Cheia de encontros significantes
que apesar de breves, culminam em um momento marcante onde realmente acontece o
que Exupéry tão bem definiu; deixam um pouco de si e levam uma parte de nós... A
partir desse instante, deixamos de ser apenas eu, para nos transformamos em
nós, um misto de água, areia, pedras, folhas, conchas...
A cada ano
uma grande transformação, um preparo infinito num vaivém constante de
relacionamentos enriquecedores que formam a bagagem para a grande despedida
final, apoteótica como um grand finale
de concerto que muitas vezes machuca, causa desgostos e tristezas, mas nunca
deixa de ser didático, educador...
Que nossa
vida assim seja, um oceano repleto de vida, aberto a encontros sinceros e
francos, que a cada despedida aumente a bagagem com lições dignificantes e que
opere a tão necessária transformação...
Nesse vaivém
incessante, saudades, ocupam grande espaço, ausências são sempre uma constante,
mas o reencontro, a qualquer momento, é sempre uma certeza...
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