quarta-feira, 2 de junho de 2021

 Parece que criaram dias para tudo....O assunto é polêmico, mas temos que escrever sobre qualquer um deles, esse foi inspirado num grupo de Whatsapp que frequento , cujas efemérides são publicadas diariamente.





For sale?


Dia do homem, dia da mulher; dia do trabalho, dia do avô, dia do amigo e até dia do pólen....

Porém o que ainda não havia visto é o dia da prostituta. Ia me esquecendo de que hoje isso virou profissão, citada como o mais antigo ofício desde tempos primordiais.

Antes, essa profissão era conhecida como promiscuidade, venda do próprio corpo, entretanto, atualmente atribui-se  nobreza, coragem e desafio a quem se dedica a ser uma meretriz, "mulher da vida" como se chamava no passado. Engraçado, por acaso as outras mulheres consideradas de boa moral não tinham vida? É deveras, no mínimo bizarro, atribuir vida àquelas que apenas desenvolviam a profissão do sexo para todos.

E existem de todos os tipos e categorias: as que se oferecem a preços módicos, outras a valor de ouro, e algumas que nada cobram em troca de seus serviços; acredito que as mais valorosas e que têm realmente amor à árdua profissão. É ironia, mas há uma ponta de comicidade ou tragicomédia  em tudo isso. Em países do primeiro mundo, como na Bélgica, por exemplo, são expostas como bonecas nas vitrines, exibindo seus corpos como forma de propaganda para que sejam "consumidas"como um produto qualquer à venda no mercado.

Acho que alguém do sexo masculino seria a pessoa mais indicada para falar sobre isso.... Nos meus tempos de juventude, havia locais que as segregavam, conhecido como "zona de meretrício", o que também é jocoso dizer por se apresentar como algo discriminatório. Aquelas mulheres eram visadas, marcadas pelo seu destino que geralmente se consumava ocasionado  por algum desgosto que as fizeram procurar refúgio naquele malfadado lugar, onde viviam e muitas vezes "subviviam"  a duras penas por toda uma existência. Houve uma época em que qualquer contrariedade amorosa levava o "sexo frágil" ao convento ou ao prostíbulo. 

E de repente, esse assunto me fez lembrar do áudio contendo um relato de funcionária da prefeitura, agora no período de pandemia. Contava que uma cidadã ligou perguntando se seu comércio poderia abrir, e a atendente respondeu que os produtos deveriam ser vendidos, mas não consumidos no local e sim em domicílio. O seu espanto foi quando a mulher respondeu que o seu negócio era comércio de garotas de programa...

O dia da prostituta trouxe-me também a memória de um episódio que aconteceu em uma zona de meretrício próximo à Araçatuba, no chamado Trevo, na saída da cidade. O homem era sueco e não estava acostumado a pagar por esse serviço em seu país, contratou a mulher e quando tudo terminou, ela quis receber. Indignado, recusou-se  a pagar, mas como ela insistisse comunicando-se por mímica (imagino como seriam, essas mímicas), ele pôs-se a quebrar tudo no local, saindo em seguida e pegando um táxi até a casa onde estava hospedado, que por sinal era a residência de um amigo, um cabo do exército. Não tardou para que a  polícia aparecesse na casa do tal cabo e prendesse o rapaz que levado à delegacia, acabou pagando todo o prejuízo efetuado na casa da profissional do sexo. 

Se me perguntarem se o caso é realmente verídico, aconteceu com o marido da minha cunhada, que nem de longe sonhava com o que acontecera, estava às vésperas de seu casamento e acabou acompanhando o futuro esposo à delegacia de polícia para explicar melhor o fato, uma vez que ele não falava um português eficiente para esclarecer o acontecido... 

Águas passadas, hoje ele já repousa na glória do eterno e a prostituta que lhe serviu não deve ter tido destino diferente...

Dia da prostituta, um dia para se refletir...

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